quinta-feira, 27 de março de 2008

Remetendo-se ao Conceito do Tamgram









O "Tamgram" é um jogo chinês que tem como figura-origem um quadrado regular, cujas peças subdivididas formam desenhos em duas dimensões. Estas figuras, justapostas, formam diagramas como barcos, casas, homem de chapéu, enfim, vai de acordo com o imaginárium de cada um.
E foi, à partir desses princípios norteadores, que o projeto foi concebido. Também com inspirações geométricas, o quiosque foi planejado para que unisse os itens:
FUNCIONALIDADE (haja vista o seu aproveitamento máximo de espaços ser um dos requisitos básicos para a sua viabilidade).
E ESTÉTICA (as forma pontiagudas , lembram as formas do Tamgram ao mesmo tempo que desperta a ATENÇÃO de quem passa...).
O "jogo" de volumes define a FUNÇÃO.
A bancada retangular de exposição se adequa a sua função de VITRINE. É um volume retrátil, com rodízios, que quando retirada, abre espaço para a entrada do quiosque.
"Detail" - Fundo TRIANGULAR, sugere o sentido de ascensão e positivismo, se destacando como elemento dominante na composição.
A harmonia do conjunto se deve a esta brincadeira lúdica, onde a FORMA SEGUE A FUNÇAO.

Projeto: Ana Carvalho e Renata Komuro.
Data: 2007.


quinta-feira, 20 de março de 2008

O Dia que a Gasolina Acabou e Feliz Páscoa!


Não vim aqui pra falar da escassez do Petróleo nas Jazidas, nem do bicombustível como alternativa ecologicamente sustentável, nem no dia que a gasolina acabou na FACE DA TERRA.
Vim contar um “causo” que me aconteceu em mil novecentos e alguma coisa... O dia que a gasolina acabou no TANQUE DO MEU CARRO!
Era uma gélida noite de inverno e eu costumava freqüentar a biblioteca da Faculdade de Direito Milton Campos, em BH.

No percurso, de casa para a Biblioteca, eu passava, obrigatoriamente , por um bairro estritamente residencial: o bairro das Mangabeiras. Equivaleria aqui ao bairro do Poço da Panela. Um lugar tranqüilo e predominantemente de condomínios residenciais e casarões.

No trajeto eu olhei para o marcador de gasolina e ele apontava: reserva da reserva da reserva!
Como era de se esperar, o carro pifou e, para completar o quadro caótico, eu estava sem o celular. Pensei, obviamente, em procurar o posto mais próximo, mas não conhecia bem aquela região.

Resolvi esperar por um “transeunte”.
O “transeunte” não passou.
Resolvi, então, tocar na campainha da casa mais próxima.
Atendeu um senhor vestido com um jaleco branco, enfim, era um médico e havia acabado de chegar do consultório.
Após parará, parará, parará... (minha explicação) ele, sem titubear, prontamente se ofereceu para me levar ao posto mais próximo. Fomos ao carro dele, dali comprei a gasosa, abasteci o carro e o agradeci enormemente por aquele generoso gesto, afinal ele não tinha obrigação nenhuma de me ajudar naquele momento.

Em tempos de Páscoa, queria com isto, despertar um pouco sobre o tema da solidariedade humana que anda tão escassa nos dias de hoje... E isto se deve por vários motivos: Falta de tempo, o dia-a-dia atribulado, e cada vez mais a hostilidade entre as pessoas haja vista a violência estar tão gritante e “batendo” à nossa porta.
É claro que não podemos confiar cegamente no primeiro que aparece, até por que são tantos os casos horripilantes que vemos de violência urbana, coisas que não imaginamos que se possa acontecer com cada um de nós, que fica mesmo difícil gestos como desse cidadão comum: o simples gesto da solidariedade humana.
Mas, é preciso refletir sobre isto e estarmos atentos a pequenos gestos do dia-a-dia, que são, por vezes, grandes atitudes e enobrecem o valor do homem. As atitudes é que fazem TODA A DIFERENÇA. Se é que vocês me entendem...

Feliz Páscoa, período de reflexão.
Bjs
Rê.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Ser Pernambucano é...




São três as premissas básicas para se reconhecer um pernambucano:
1- Falar Pronto.
2- Estar no rouge-rouge de Olinda e ainda achar graça “naquilo”!
3- Ter sido assaltado.

Pronto, no vocabulário “Pernambuquês”* é uma palavra multi-uso e serve para qualquer coisa... É como uma interjeição, uma partícula de ênfase. Assim como: Ouxe (oxente), Aff (Ave Maria), Vixe (Virgem Maria) e Volt (isso nem eu sei). Quando você não souber o que falar, fale: Pronto!
Ex:
- Gostou?
-Pronto.
- Então tá, pronto!

O “pronto” tem suas vantagens: por ser uma palavra indefinida pode significar: sim, não ou talvez. Na dúvida, fale pronto e está tudo resolvido.


Pernambucano que se preze já passou o Carnaval em Olinda. Não dá bem pra decifrar aquela sensação... Um calor, uma muvuca, um empurra-empurra... É um misto de criatividade popular manifestada nas fantasias dos foliões, é um verdadeiro “encontro”. É no Carnaval que todos saem pras ruas, onde você reencontra pessoas que você não encontrava a um tempo...Enfim, a originalidade do Carnaval de Olinda é ímpar.


Já a questão da violência, infelizmente, virou uma tônica encrustada na cultura da nossa identidade. Não há um só pernambucano que não tenha sido assaltado!
Este estresse, do trabalho para casa, da casa pro trabalho, já virou uma constante nos dias de hoje.
Foi exatamente na subida do viaduto Tancredo Neves onde se sucedeu este fatídica experiência...
E não é que o “caso” foi parar no programa do Cardinot? Aquele programa sensacionalista que é ávido por sangue...
O tema da violência, pode estar “batido”, mas sempre é repugnante e estarrecedor aos olhos do cidadão comum.
E pude comprovar isto de perto.
Após ter sofrido este atentado: eu, no volante, e minha irmã ao lado como protagonista coadjuvante, fomos assaltadas à mão armada. Um pivete, com seus aproximadamente 12 anos, com uma arma apontada em nossa direção. Fugimos, como num filme Policial...
Com o intuito de alertar os amigos mais chegados, este breve relato foi passado por e-mail, o qual foi enviado e reenviado, pelos amigos dos amigos, crescendo assim sucessivamente (a informação) em progressão geométrica. Pasmem!!! Daqui a pouco, toda a cidade do Recife já estava a par do acontecido...
Deixo aqui a minha indignação com os políticos dirigentes deste país, que mais se preocupam com o cartão corporativo do que as necessidades básicas da população: que é o tocante da Educação e da Segurança Pública, tão carente na nossa região.

Em suma, o arquétipo do pernambucano propriamente dito: Fui pro Carnaval de Olinda e ainda fui assaltada!
Pronto e pronto final.


Palavras do vocabulário “pernambuquês”:
De hoje a oito
De instante em instante
Farrapeiro
Tá com a moléstia
Com certeza
Jante (= Calota)
De duas horas até... (= Às duas hora até...)

Estas palavras só o pernambucanos entende...

Uma Biker Mutcho Lôca


Quando cheguei, fui logo avisando: - Não tô acostumada! (risos)
Certo dia fui convidada para fazer um circuito de bike, ali, saindo do Bar Fiteiro.
Toda paramentada: capacete de tartaruga, luvas, gaterode, shortinho de lycra, fui traçando o percurso que íamos fazer, aproximadamente 25km.
Um pouco apreensiva, pois parar no meio do circuito seria, no mínimo, vexamatório.

A PARTIDA

O grupo era bastante organizado, e saímos pedalando tranquilamente percorrendo os bairros de Imbiribeira, Bongi, Madalena, São Martins...

O ÁPICE

Chegamos, enfim, num ponto que seria o mais desafiador da corrida: a subida do viaduto Tancredo Neves.
500 metros antes da subida já fui traçando as estratégias para superar o “desafio-mor”...
Corri-corri-corri, pedalei-pedalei-pedalei, corri-corri-corri e, a essa altura do campeonato já havia desembestado... e estava praticamente a 100 km por hora quase que sobrevoando o viaduto! Pasmem!!! A cena foi algo semelhante ao filme ET, O EXTRA-TERRESTRE. Detalhe: o meu amigo, estava lá atrás, perplexo, estarrecido e já gritando: sua louca, desvairada, NINJA!!!!!!!!!!, SAI DA ESQUERDA!!!!

A QUEDA

O que parecia iminente de se acontecer, não aconteceu, para minha felicidade, afinal já naquela estupenda descida eu olhei pra frente, pros lados, (até pra cima) e olhei pra baixo, a velocidade era tanta que já nem bem mais sabia o que eu estava lá, fazendo... (risos).

A CHEGADA

Saída de Boi, Chegada de Vaca.
Daí já dá pra se tirar uma conclusão.
Quase morta, exausta, pernas bambas tremendo, soltando os bofes pra fora, fui chegando, fui chegando... já sedenta por uma coca-cola light!
E foi à partir daí que virei uma biker, uma biker mutcho loca.

THE END.

domingo, 2 de março de 2008

Silvester Stallone em: 20 anos depois?!? Não há quem aguente...




Amigos, leitores, etc...

De antemão, “super-sorry”* pelo sarcasmo, ironia, jocosidade ou ainda, o humor levemente ácido; seja já o que for, mas eu, como boa cinéfila que sou, precisava dissertar sobre este tema:
Rambo IV*? Não há quem agüente.
O mundo precisa deste filme?
Tudo bem que não sou crítica de cinema e nem conheço os critérios técnicos para tal, mas confesso que, quando estava lá, no escurinho do cinema chupando drops de anis, como dizia Rita Lee, me surpreendi ao assistir o trailer, com a tamanha “ressurreição cinematográfica”!!!!!
E o que é mais “incrívi”*: ele (a montanha de músculos) continua enxuto, enxutíssimo!!! (rsss) E ainda me pergunto: será que este tipo de filme, por se tratar de violência, é mesmo um forte atrativo para “bilheteria de público”? Pois, para voltar vinte anos depois...
E por falar em cinema e por falar em violência... vamos aproveitar o embalo e criticar mais um pouco sobre esta última entresafra de filmes do Oscar.
Os Fracos Não Tem Vez. Anh... mas não tem mesmo! Fosse eu a protagonista, já tinha morrido desde aquele ataque do Pitibul! Mais uma vez a “tônica” da violência... A meu ver, de olhos de leiga, é uma violência gratuita, do início ao fim ...
E o que fez deste um bom filme? O sofrimento agonizante do cine-espectador?
Talvez na minha ingênua intenção, acredito que um filme, um bom filme, nos deveria passar algum tipo de emoção que nos faça rir ou chorar, nos passar uma mensagem de preferência construtiva seja pra nossa alma, seja pra nossa mente... enfim, que saíssemos da sala do cinema melhor do que entramos, pelo menos é assim que deveria.
Por isto o desabafo, principalmente destes filmes violentos que nada nos têm a acrescentar...Muito pelo contrário, só faz alimentar subliminarmente, no inconsciente de muitos, o aumento da violência que já é mais que suficientemente grande e espero que possam, vocês: contemporâneos, compartilhar desta opinião... ou não?


1* super-sorry: gente, pelo amor de Deus: Isso não existe!!! Não vão copiar...
2* (Não vi este filme e nem vou ver).
3* incrívi: palavra inventada, o mesmo que incrível, na gíria popular.

Bjs.
Rê.